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Estamos a entrar num novo estado de hipervigilância, que corre o risco de nos fazer entender a privacidade como algo obsoleto. À medida que recorremos cada vez mais à tecnologia para fins laborais e de lazer, a nossa actividade electrónica deixa para trás pegadas digitais que podem ser utilizadas para seguir os nossos movimentos. Nos automóveis, nos telefones, até mesmo nas máquinas de café, minúsculos computadores comunicando sem fios através da Internet podem servir de testemunhas em miniatura, formando redes poderosas cujo comportamento emergente pode ser muito complexo, inteligente - e invasivo. A questão reside em saber até que ponto representam uma violação da privacidade. Poderão estas redes inteligentes ser utilizadas por governos, criminosos ou terroristas para nos destruir a privacidade ou cometer crimes? Ou valerá a pena abdicar da nossa privacidade em troca dos enormes benefícios das novas tecnologias? Realista, profunda e informada, a obra O Espião da Máquina do Café expõe a verdade acerca da invasão da nossa privacidade por parte de tudo o que possa imaginar, desde circuitos fechados de televisão até blogues, e explora o que podemos fazer - se pudermos fazer algo - para impedir que a privacidade desapareça para sempre na era digital.