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«Em 1913, explica Carlos Fuentes no início da presente obra, o escritor norte-americano Ambrose Bierce, misantropo, jornalista da cadeia Hearst e autor de alguns formosos contos sobre a Guerra da Secessão, despediu-se dos seus amigos com um certo número de cartas nas quais, desmentindo o seu reconhecido vigor, se declarava velho e cansado.»
Em todas elas, não obstante isso, o escritor reservava-se o direito de escolher a forma da sua morte. A doença ou o acidente - a queda, por exemplo, de uma escada - pareciam-lhe indignos de si. Em contrapartida, ser justiçado diante de um muro no México... «Ah - escreve ele na sua última carta -, ser um gringo no México é de facto uma eutanásia.»
«Entrou no México em Novembro e nunca mais se soube nada dele. O resto é ficção.»
Durante os anos mais conturbados da revolução mexicana, um velho escritor norte-americano atravessa pois a fronteira sul do seu país, em busca de um destino. É um ser amargamente desesperado e de um absoluto cepticismo: conhece a corrupção, a tristeza e a esterilidade que presidem às acções de cada homem. O seu objectivo é encontrar-se com Pancho Villa, o guerrilheiro lendário. Romance de encontros e desencontros pessoais (e nacionais), O Velho Gringo apresenta-nos todo um conjunto de figuras sintomáticas em que por vezes se destacam a paixão e as obscuras razões da força e da terra.»