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Um avião prepara-se para aterrar no aeroporto de Frankfurt. Aos ouvidos de Toru Watanabe chegam os acordes de «Norwegian Wood», a famosa canção dos Beatles. O mítico tema dos Beatles tem o condão de transportar este executivo de 38 anos aos tempos da juventude, vividos na turbulenta Tóquio em finais dos anos sessenta.
Saído da casa dos pais com dezoito anos e deixando para trás a pacatez de província e o velho Toyota Corolla da família, Toru chega à capital japonesa a fim de estudar teatro na universidade instalando-se uma residência estudantil só para rapazes. Filho único e solitário por natureza, passa o tempo a ler O Grande Gatsby e a estudar atentamente os colegas e as pessoas que o rodeiam. Um belo dia, o narrador reencontra um rosto de passado: Naoko, antiga namorada do seu grande amigo de adolescência, Kizuki, antes de este cometer suicídio na flor da idade, depois de vencer um jogo de snooker.
Marcados por essa tragédia em comum, os dois começam a dar longos passeios e constroem uma relação delicada na qual a fragilidade psicológica de Naoko se torna cada vez mais evidente culminando com o seu internamento na casa de repouso, onde conhecem Reiko, uma mulher madura com rugas a condizer e um passado trágico. Por esses dias, Watanabe trava ainda conhecimento com Midori: estudante de teatro como ele, símbolo da mulher moderna, lutadora... e dona de uma livraria à moda antiga. Isto sem esquecer a figura impagável de Facho, colega de quarto que faz ginástica matinal ao som do hino e se masturba a olhar para a Ponte de São Francisco. Qual das figuras femininas conquistará o coração do protagonista, que continua a bater desalmadamente?
Com mais de quatro milhões de cópias vendidas no Japão e a caminho das setenta edições no país de origem do escritor, Norwegian Wood tem sido comparado ao romance À Espera no Centeio, de J.D. Salinger.
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