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Richard A.Clarke, antigo conselheiro anti-terrorismo do governo norte-americano (ao qual esteve ligado cerca de 30 anos), desvenda neste livro alguns segredos da Casa Branca relativos ao atentado no World Trade Center. Clarke acusa a actual administração norte-americana de ter ignorado a ameaça de Bin Laden antes do atentado do 11 de Setembro e revela o que sucedeu nos bastidores políticos após o ataque.
"Qual a estratégia anti-terrorista da Administração de George W.Bush? O Iraque era ou não uma ameaça para os Estados Unidos?" são questões que Clarke coloca. Começando por relatar o que sucedeu na Casa Branca no dia 11 de Setembro de 2001, Clarke recua aos mandatos dos anteriores presidentes dos EUA (ele trabalhou nomeadamente com Ronald Reagan e Bill Clinton) para contar como as várias administrações norte-americanas têm lidado com o fenómeno do terrorismo, para chegar à conclusão de que os Estados Unidos não só não conseguiram eliminar a Al-Qaeda, como esta se metamorfoseou numa ameaça cada vez mais global.
No prefácio, o autor adianta ainda que "a Administração Bush politizou o anti-terrorismo como uma forma de garantir vitórias eleitorais" (analisa mesmo eventuais "custos ocultados a propósito da invasão do Iraque") e diz que "hoje se mantêm certas vulnerabilidades críticas em termos de segurança".
Por outro lado, "praticamente nada está a ser feito" perante "o facto de os terroristas estarem a distorcer o Islão rumo a uma nova ideologia do ódio".