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Despedir é do mais fácil que se pode fazer em Portugal. Basta informar verbalmente. Mesmo com contrato de trabalho, a certeza é de que é possível «deitar fora pessoas» com toda a impunidade. Se recorrer à Justiça, pode só chegar a tribunal dois anos depois. Verá a empresa mudar de morada e de nome várias vezes, alterar a composição societária, alienar equipamento, dissipar património, numa sucessão alargada de ilicitudes e fraudes. Os Casos 1, 2 e 3 descritos nesta obra são exemplos simples da inoperância do sistema regulador e judicial. Ter bom-nome em Portugal é fruto do investimento na aparência, subvertendo nos actos todas as normas e regras instituídas, morais e legais.