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O grande compositor Robert Schumann, que morreu num hospício separado da mulher Clara e dos filhos, suscita a grande interrogação deste livro: a genialidade da sua obra foi despoletada pela doença mental de que terá padecido desde jovem? Foi essa doença importante na sua obra? Génio ou louco? Serão a loucura e a genialidade inseparáveis? Constituirá a doença mental, nestes casos, o caminho privilegiado para uma expressão mais autêntica de si mesmo? Adoramos ouvir Schumann ou olhar para os magníficos quadros de Van Gogh, mas os seus padecimentos remetem-nos para que verdades insondáveis ou para que emoções profundas? Será um mundo indefinível que nos atrai? No Carnaval op. 9 de Schumann, há já uma rutura com o discurso musical clássico. A fragmentação da personalidade é revelada pela multiplicação de personagens. De alguma forma, no desfile das personagens carnavalescas sucedem-se as várias versões de si mesmo como máscaras em conflito com o mundo real.