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Uma antologia da nova poesia portuguesa, com seleção e organização de Jorge Reis-Sá, da editora quasi, que recolhe vários poemas de vários trabalhos de vários poetas portugueses, divididos entre os que se destacaram nos anos 90 e os que despontam neste nova década. É bom entrar numa livraria e poder ver a poesia portuguesa tratada com algum destaque, como repetidamente comprova que merece, e apanhar uma estante onde encontramos uma antologia de novos poetas portugueses.
Sim, sabe sempre a pouco, porque há sempre tanto e tanto e tanto para descobrir sobre a poesia de todos eles que ver uma obra reduzida a meia dúzia de poemas pode parecer escasso. E de facto, haverá sempre alguém que ache que José Luis Peixoto tem um ou outro poema muito melhor em criança em ruínas, ou que haveria muito mais para ser dito sobre José Tolentino Mendonça, mas a verdade é que o trabalho de Jorge Reis-Sá é não só ingrato, como extremamente exigente e bem conseguido. Como trabalho poético e como compilação.
Reúnem-se, assim, poetas de variados quadrantes, que apresentam notórias diferenças, notórias influências, e aí reside a verdadeira riqueza deste trabalho. A diferença. Desde nomes mais consagrados, casos de Daniel Faria, José Luis Peixoto ou Gonçalo M. Tavares, até ao mais novato, mas tão experiente no manusear da palavra, Vasco Gato, que mostra no BI 1978 como data de nascimento. No meio de tantas descobertas e certezas no campo do verso, a certeza também que quem lê este livro, lê muitos mais.