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Jill Bolte Taylor era uma destacada neuroanatomista de 37 anos, quando numa manhã de Dezembro, de 1996, soube que estava a sofrer um AVC grave, devido a uma malformação congénita. Jill sentiu-se assustada e exaltada com a possibilidade de observar por dentro a sua própria mente. O hemisfério esquerdo de Jill foi ficando inundado de sangue, enquanto ela seguia, com conhecimento de causa, a progressiva perda das funções cognitivas baseadas na linguagem, na lógica, na sequência temporal e que sustentavam o seu eu, até a deixarem praticamente incapaz de comunicar. Entretanto, a sua autoconsciência transferia-se para o hemisfério cerebral direito cujas percepções se processam por imagens e sensações, deixando-a mergulhada no aqui e agora de um continuum de energia que lhe proporcionava um inefável sentimento de bem aventurança. Este relato na primeira pessoa representa assim um importante contributo para a comunidade científica bem como para todos aqueles que se vêm confrontados com problemas semelhantes, constituindo uma verdadeira revolução nos cuidados e práticas de recuperação a ter com esses doentes. Jill levou oito anos a recuperar totalmente das sequelas daquele acidente vascular cerebral.