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Uma intérprete vai trabalhar para o Tribunal Internacional de Haia. É uma mulher de muitas línguas e identidades, e espera encontrar um lugar em que finalmente se possa sentir em casa. Assim que se instala, vê-se envolvida numa teia de dramas pessoais: descobre que o novo amante, Adriaan, embora separado da mulher, está ainda enredado nas malhas do casamento; que a sua única amiga, Jana, testemunhou um ato de violência, acontecimento que se transforma em obsessão; finalmente, é arrastada para uma situação política explosiva ao trabalhar no julgamento de um antigo presidente acusado de crimes de guerra, o que ameaça certezas adquiridas, bem como o seu posicionamento ético, pessoal e profissional.
Ao longo do livro é testada a maneira como vive as questões do poder, do amor e da violência, tanto na intimidade quanto nas suas funções no Tribunal - e a voragem de dúvida e dor, a par da busca pela verdade, acaba por levá-la a uma certa libertação e à descoberta do sentido que busca para a sua existência.