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Richard Wright, um grande artista, seguramente um dos autores americanos mais representativos da nossa época, vai buscar as suas personagens à própria realidade social, onde sofrem as contradições de um país em conflito - o ainda não resolvido choque entre os homens da raça branca e os de raça negra. Richard Wright pinta o negro dos Estados-Unidos tal qual foi sempre e tal qual ele é: corajoso e constantemente em luta para melhorar as condições de vida; o negro descendente daqueles que se bateram para que os americanos de sangue africano podessem usufruir da autêntica liberdade e dos chamados Direitos Constitucionais. O herói de «Um Negro Que Quis Viver» - drama pungente da segregação racial e dos privilégios de classe, cujas dimensões ultrapassam as fronteiras dos Estados-Unidos, internacionalizando-se - é um desses homens viris, duros, alegres, mau grado o sofrimento, generosos e con-fiantes, contra tudo e contra todos, que constituem sangue e carne de uma nação ainda em busca do verdadeiro rumo, do caminho certo e justo. O espantoso e empolgante romance de Richard Wright representa um fresco inesquecível da aventura do homem de cor, nos Estados-Unidos, particular-mente, do negro que vive, oprimido, nas vilas e cidades do Sul. Não há, entre os homens de um estado moderno e civilizado lugar para um outro homem só porque a sua cor é diferente? Eis a pergunta angustiante de Richard Wright.