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Lisboa teve um papel essencial na história da Segunda Guerra Mundial, apesar de não ter sido disparada uma só arma na cidade. A única cidade europeia onde, tanto os Aliados como o Eixo, podiam operar abertamente, foi um lar temporário para grande parte da realeza exilada, mais de um milhão de refugiados à procura de passagem para os Estados Unidos, espiões, polícia secreta, capitães da indústria, banqueiros, judeus proeminentes, escritores e artistas, prisioneiros que haviam escapado, e negociantes do mercado negro. Um oficial de operações descreveu o dia a dia do aeroporto de Lisboa, em 1944, como o filme Casablanca vezes vinte.
Nesta narrativa fascinante, o conhecido historiador Neill Lochery tira partido dos seus contactos portugueses, acesso a registos recentemente descobertos da polícia secreta portuguesa e arquivos bancários, e outros documentos não publicados, para oferecer um retrato revelador daquilo que aconteceu nos bastidores da Guerra. Lochery conta como Portugal, um pequeno país pobre, tentou freneticamente manter-se neutro no meio de pressões extraordinárias, sobrevivendo à guerra não só intacto, mas também significativamente mais rico. A emergência do País como uma nação próspera da União Europeia seria financiada em parte, como se provou, por ouro nazi.