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Destinado a integrar uma série de romances que Eça de Queiroz planeava escrever sob a designação de Cenas da Vida Portuguesa, um dos quais abordaria a figura do político português, O Conde da Abranhos, escrito ao que se pensa nos finais de 1878 ou início de 1879, não pode ser considerado uma obra perfeita do seu autor. Até porque nem sequer a terminou ou reviu. Mesmo assim, não deixa de ser um romance fortemente marcado pela sua verve e ironia que em nada perdeu interesse e actualidade. Antes pelo contrário. A classe política que Eça tão finamente critica e satiriza nesta obra é tanto a de ontem como a de hoje e provavelmente a de sempre.
Mais astuto, manhoso e refinado do que nunca, dispondo de meios mais poderosos e influentes para enganar e manipular quem nele confia, o Conde de Abranhos está bem vivo entre nós. Saudê-mo-lo pois e façamos-lhe a devida vénia!...
Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.