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Poderá o medo impedir-nos de salvar aqueles que amamos?
Durante a fase inicial da pandemia de COVID-19, Henrique de Albuquerque prevê o confinamento domiciliário e recata-se com Afonso, o filho de dez anos, num casebre isolado em Santo Tirso.
No dia em que o estado de emergência entra em vigor, os dois descobrem um baú. O homem abre-o e, sem se aperceber, liberta um grande mal que os amaldiçoa. Ao longo da quarentena, experienciam situações surreais: Afonso é perseguido por sátiros e Henrique seduzido por ninfas. Os encontros tornam-se mais frequentes e ambos começam a demonstrar sintomas severos do novo coronavírus, enquanto algo maligno os observa de longe... alimentando-se deles... sorrindo...
Este conto de fantasia portuguesa explora o receio e a incerteza do enclausuramento forçado por uma crise covídica sem precedentes.
Pai e filho terão de unir esforços para descobrir o que está a tornar os seus pesadelos realidade, ao mesmo tempo que sonham em fazer voar o papagaio de papel do menino, a última réstia de esperança no meio do caos causado pelo horror do desconhecido.
ADVERTÊNCIA: contém cenas e imagens de nudez.