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Quem nunca pensou em largar tudo de repente e partir para longe? Quem nunca amou perdidamente uma vez na vida?
Este romance é uma história de amor, morte e desespero. O relato da fuga de um indivíduo — médico galego a trabalhar em Lisboa —, cansado do fragor da cidade e da mentira, até aos confins do mundo. Um indivíduo que inicia uma busca de paz e que, de uma praia longínqua no Corno de África, cumpre uma promessa antiga e recorda para a mulher que ama (mas com quem, por cobardia, não ficou), os verdadeiros motivos do seu desaparecimento.
Nos territórios deslumbrantes e incandescentes onde, um século antes, fora parar o poeta Arthur Rimbaud quando desistira de escrever (e donde só regressaria para morrer) - e que nesse tempo se chamavam simplesmente Abissínia - encontramos agora um homem que decide escrever à única mulher que realmente amou uma longa carta que é, simultaneamente, o pagamento de uma antiga dívida e um apelo ao reencontro de ambos.
Narrativa muito bela, escrita de um jacto, por vezes lírica, por vezes épica, não raras vezes erótica, este livro deixa ainda no ar um perfume de mistério à roda de um crime (um corpo que aparece no hospital na véspera da fuga) que, no fundo, desencadeia uma aventura sem limites que leva o narrador até Lalibela, a cidade sagrada etíope que ele escolhe para viver e onde espera, por fim, encontrar a paz. E talvez também essa mulher que amou.