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Se calhar, toda a literatura (pelo menos a grande literatura), e não só a poesia, ensina, comove e deleita. Porque talvez toda a literatura seja, em sentido lato, poesia. "Rétété" é-o certamente. A sua leitura comoveu-me e deleitou-me; e com ela, fundamentalmente, terei aprendido sobre mim e sobre os outros, e também sobre o vasto mundo (humano, demasiado humano!) natural, coisas essenciais e imensas que não sabia ou que não sabia que sabia. Não conheço o autor, um "sage"; mas, depois da leitura deste que julgo ser o seu primeiro livro, experimentei a misteriosa impressão que fica sempre de uma obra onde se escuta uma voz que imemorialmente escuta e nos escuta: a de familiaridade e reconhecimento. Não serve a literatura também para isso, para nos olharmos e nos reconhecermos?
Manuel António Pina