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"O físico Robert Ehrlich teve uma ideia fantástica para mostrar o modo como a ciência funciona. O seu livro é uma abordagem divertida de algumas ideias bizarras mas não manifestamente impossíveis que têm aparecido na literatura científica ao longo das últimas décadas. O importante é que Ehrlich usa a metodologia científica para submeter estas ideias (nem todas erradas!) a um exame crítico. O seu estilo é simples e agradável, deixando de lado a matemática."
LEON LEDERMAN, Prémio Nobel da Física em 1988
A SIDA não é causada pelo HIV. O carvão e o petróleo não são combustíveis fósseis. A exposição à radiação é benéfica. A disseminação de armas reduz a criminalidade. Estas ideias podem dar bons títulos de jornais, mas a maioria das pessoas instruídas escarnecerá delas. Contudo, grande parte dos conceitos científicos mais importantes - da gravidade à evolução - emergiram de um grupo de ideias malucas como estas. De facto, uma boa parte da ciência consiste em distinguir ideias malucas mas úteis de outras completamente loucas. Neste livro, um físico conhecido, que se interessa por ideias estranhas, examina com espírito aberto nove proposições controversas sobre certos temas-chave. Algumas dessas ideias, como veremos, situam-se mais abaixo na escala da insanidade do que outras.
Robert Ehrlich analisa nove proposições banidas pela física, pela biologia e pelas ciências sociais. Nesse processo, mostra, com uma linguagem simples, como pesar um argumento, como avaliar a utilização de estatísticas, como identificar suposições subjacentes e como descobrir intenções secretas. As suas conclusões são, por vezes, surpreendentes. Por exemplo, conclui que o HIV provoca mesmo a SIDA e que o universo começou, com certeza quase absoluta, com o big bang, mas que o nosso sistema solar poderá ter dois sóis, que são possíveis partículas mais rápidas do que a luz e que as viagens no tempo podem não estar confinadas à ficção científica.
Quem se interesse por ideias pouco ortodoxas vai entusiasmar-se com este livro. Ele tem um enorme valor educativo, como forma divertida de aprender a pensar tal e qual um cientista. É claro que apenas o tempo dirá se alguma destas ideias irá ser a próxima "deriva dos continentes" - um facto da geologia terrestre hoje ortodoxo mas que foi, durante muitos anos, uma ideia maluca.