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Duzentas páginas de dúvidas de um autor que vive fascinado com a essência do ser português. As pessoas que se divorciam não deveriam ser obrigadas a devolver os presentes? Porque é que quando estamos na dúvida se o leite está azedo e pedimos a alguém para provar, essa pessoa prova? Em vez de um acordo ortográfico, entre Portugal e Brasil não será mais urgente fazer um acordo pornográfico? Um pai que tem gémeos vive descansado. Acontece alguma coisa a um, tem outro. Telefonam da escola a dizer: «O seu filho partiu a cabeça», e o pai pensa: «Não me importa, tenho aqui outro igualzinho, está impecável!» Porque é que as pessoas folheiam os livros novos na livraria? Estão com a esperança de encontrar lá alguma coisa sobre eles? Já agora, a crise manda-lhe um abraço e avisa que vai chover para a semana.