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"Ao Dr. Francisco Pulido Valente — Querido amigo: Livro que não tenha a franqueza de duas palavras de ‘abertura’ ao leitor benévolo nunca foi para mim obra digna de tal nome. A meu modo aprecio esta cavaqueira desenfastiada, a prévia troca de impressões a que é uso chamar proémio, exórdio ou advertência Quem ousa virar as páginas de um livro, e para mais desta feição, em que o autor traz à solta a fantasia, bem merece aviso, sabido como é que pelo andar da carruagem logo se vê quem lá vai dentro. (...)Desta novela, arremedo de gesta de amor, vê-se logo, só uma pequena parte foi vivida, a outra sonhada. Aqui e além, são recordações que o tempo decerto enfeitou, e não é isso que as torna menos legítimas e conformes com a verdade. Quando a memória o quer, pomo-nos a devanear pelos distantes caminhos da infância, e, por muito amargos que eles hajam sido, há sempre uma aventura, um amor ou uma infelicidade, por vezes um fugaz encontro, que nos chama de longe e nos prende no seu bruxo encantamento (...)". Primeira edição de 1955. Capa da brochura de Manuel Ribeiro de Pavia.
Inserido na colecção SEC.
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