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Acreditei durante muito tempo ter vindo ao mundo de um modo diferente de toda a gente. Foi minha avó Catarina - e as avós nunca mentem - quem me meteu esta ideia na cabeça. Costumava contar-me que, num dia de Inverno, de manhã cedo, apesar do nevoeiro, o faroleiro João de Castro tinha ido à praia da Adraga apanhar polvos, quando deu comigo metido num ovo enorme, com a cabeça, as pernas e os braços de fora."" Assim se inicia o último romance de Almeida Faria, num piscar de olhos ao mito sebastianista que se vai desenrolando sob o olhar atento do leitor