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Num mundo em que as raparigas já não nascem de forma natural, são criadas em escolas, treinadas nas artes de agradar aos homens até que estejam preparadas para o mundo exterior. Quando terminam a formação, as raparigas com a melhor pontuação tornam-se «companheiras», autorizadas a viver com um marido e a gerar filhos rapazes até que deixem de ser úteis.
Para as raparigas deixadas para trás, o futuro - como concubina ou castidade - é sombrio.
As melhores amigas Freida e Isabel têm a certeza de que serão escolhidas como companheiras, até porque estão entre as melhores e mais bem avaliadas. Mas, à medida que a intensidade do último ano começa a aumentar, Isabel faz o impensável e deixa de se preocupar com o aspeto físico até ficar... gorda.
É neste ambiente feminino fechado, de tensão e competitividade, que chegam os rapazes, ansiosos por escolher uma noiva.
E Freida tem de lutar pelo futuro, mesmo que isso signifique trair a única amiga, o único amor que alguma vez conheceu.
Numa escrita compulsiva e mordaz, Louise O'Neill faz uma crítica à sociedade atual, onde a beleza se tornou uma obsessão e as raparigas são, desde muito novas, cada vez mais sexualizadas e julgadas pelo aspeto físico.