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Albergue Nocturno, de Máximo Gorki. Coleção Livros de Bolso Europa-América n. 37.
Máximo Gorki é o pseudónimo de Alexis Piechkov, que nasceu em 1868, na actual cidade de Gorki, então chamada Nijni Novgorod, e morreu em 1936. Ficou órfão aos 7 anos, começando a série de experiências dolorosas que, durante tanto tempo, o incluíram entre os deserdados que povoam várias das suas narrativas e o induziram a escolher o pseudónimo de Gorki ("Amargo"). Os seus primeiros escritos têm um tom autobiográfico que, mais tarde, havia de temperar com a mensagem social que caracteriza o resto da sua obra. Romancista e dramaturgo, Gorki, cuja importância na história da literatura proletária,
de que foi grande propugnador, fez que o elegessem escritor do povo, representa, no dizer de Máximo Rilski, a ponte de ouro
entre a grande tradição literária russa e a literatura soviética; mas, pela riqueza do seu conteúdo, a obra gorkiana pertence ao património universal da humanidade. A peça Albergue Nocturno, que apresentamos neste volume, é a segunda obra de teatro que Gorki escreveu. Foi representada, pela primeira vez, no Teatro Artístico de Moscovo, em 1902.
Três anos mais tarde era posta em cena em Paris, sob a direcção de Eleanora Duse e de Lugné Poe, director do Théatre de l'Oeuvre.
O tema central de Albergue Nocturno não é apenas a destruição das personalidades humanas pela miséria; é, também, a afirmação de que esse aniquilamento nunca é total e de que esses "ex-homens", como Gorki noutro livro lhes chamará, continuam a ter uma consciência,
o desejo de vencerem a própria miséria,
um calor humano que são capazes de acalentar e repartir.