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Quais são, hoje em dia, as cores da nossa preferência? Aquelas
de que não gostamos? As que nos põem doentes? As que nos
acalmam? Como pode a cor ser terapêutica? Poluente? Vulgar? Um
vestido amarelo é realmente amarelo? Porque passa, actualmente,
o vermelho (e já não o preto) por ser uma cor de depravação na
roupa interior feminina? O adjectivo laranja toma s no plural? Os
bombons de mentol verdes são mais doces que os brancos? Porque
faz o código da estrada um uso imoderado do vermelho? Desde
quando é o azul a cor mais usada no vestuário?
Ao tentar responder a estas questões (e a muitas outras), este
dicionário, simultaneamente erudito e arrebatado, põe em destaque
o importante papel desempenhado pela cor nas sociedades
contemporâneas e sublinha, além disso, o como ela é um fenómeno
cultural, estritamente cultural, rebelde a qualquer generalização, se
não mesmo a qualquer discurso.
Especialista em emblemas, cores e códigos sociais, Michel Pastoureau
é director de estudos na Escola Prática de Estudos Superiores (Sorbonne,
IV Secção), onde é titular da cadeira de História da Simbólica Ocidental.