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Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Coleção Livros de Bolso Europa-América n. 3.
Almeida Garrett, de seu nome completo João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nasceu no Porto, em 1799. Fez os seus estudos em Angra e aos 15 anos chegou a tomar as ordens menores, que se julga ter abandonado por motivo das suas inclinações amorosas pela inglesa Isabel Henson.
Matriculou-se em Direito aos 17 anos em Coimbra, escreveu e ensaiou Mérope.
Estabelece-se em Lisboa em 1821, onde, num teatro do Bairro Alto, lê a Cena Católica.
Em 1823 emigra para Inglaterra, regressa a Portugal pouco depois e é de novo forçado a exilar-se. Na sua correspondência do exílio relata as dificuldades que lhe são de toda a ordem.
(Parte para Paris).
Onde compõe D. Branca e Camões (publicado em 1825).
Em 1826 regressa a Portugal, em breve sendo preso por motivos políticos.
Em 1828 torna a emigrar, embora continue a sua actividade política e literária. Colabora no Chaveco Liberal.
Colabora com Mouzinho da Silveira. É soldado no cerco do Porto.
Cria o Conservatório de Arte Dramática, a Inspecção-Geral dos Teatros, o Panteão Nacional e o Teatro Normal, sendo mais tarde emitido de director do Conservatório, da Escola de Declamação e de inspector-geral dos Espectáculos.
Escreve entretanto O Alfageme de Santarém, O Espadarte do Condestável.
Em 1843 escreve Frei Luís de Sousa, em 1845 O Arco de Santana e no ano seguinte Viagens na Minha Terra.
O eminente prosador, poeta, dramaturgo, orador, historiador, filólogo, fidalgo, cavaleiro da casa real, saudade da liberdade, pedagogo, diplomata, que revolucionou a arte e a cultura do seu tempo, criando um teatro português com a sua verdadeira nacionalidade, morre em Lisboa, em Dezembro de 1854.
Frei Luís de Sousa é considerado unanimemente como “uma das maiores criações teatrais do romantismo europeu” e “uma das mais notáveis obras dramáticas da literatura universal”. Foi representado inúmeras vezes, muitas delas interpretadas nas melhores escolas de arte dramática, sendo o próprio Almeida Garrett o seu primeiro ensaiador.
Nesta edição comemorativa do 3.º centenário do nascimento de Frei Luís de Sousa, oferecemos ao público o Frei Luís de Sousa como uma obra viva.