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Melodia Interrompida, de Boris Pasternak. Coleção Livros de Bolso Europa-América n. 47.
Boris Leonidovitch Pasternak nasceu em Moscovo, em 1890, e morreu em 1960. Figura das mais significativas da moderna literatura russa, começou por se dedicar à poesia. Os seus primeiros poemas, de inspiração futurista, remontam a 1912. Dez anos volvidos, Pasternak torna-se célebre com Minha Irmã, a Vida, a que se segue, pouco depois, Temas e Variações.
A estes volumes de poesias liricas sucedem-se duas epopeias revolucionárias: O Tenente Schmidt e 0 Ano 1905. A sua obra em prosa compreende novelas, trechos de prosa poemática e fragmentária, como A Infância de Luvers, As Cartas de Tula, Os Caminhos Aéreos, Narrativa,
ainda e sempre obras de um grande poeta que como tal se revela também no extenso romance O Doutor Jivago (1957).
A Academia Sueca atribui a Pasternak o Prémio Nobel da Literatura em 1958. Mas, em torno do prémio e de O Doutor Jivago, não autorizado na Rússia mas publicado em Itália e depois noutros países, surge uma especulação extraordinária. O escritor não foi a Estocolmo receber o Prémio Nobel. A novela A Narrativa, que, na tradução portuguesa, apresentamos com o título Melodia Interrompida,
é uma delicada sucessão de impressões,
evocações e notas biográficas
em que palpita a vida de Sérgio, um jovem sonhador que,
após o seu curso universitário, trabalha como preceptor no seio de uma rica familia burguesa.
A acção romanesca esfuma-se para um plano de fundo e são os ambientes, as paisagens, as situações, as análises dos estados de alma,
as notações poéticas e musicais, que se nos impõem e dominam.