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A Religiosa, de Diderot. Coleção Livros de Bolso Europa-América n. 51.
Denis Diderot nasceu em Langres, em 1713, e morreu em Paris, em 1784.
Depois de frequentar um colégio de jesuítas, vive de traduções e de paráfrases e entrega-se a toda a espécie de estudos, que vão desde a filosofia à matemática e à anatomia.
Os seus Pensées Philosophiques (1746) granjeiam-lhe uma reputação que aumenta quando começa a publicar-se a Encyclopédie, de que o livreiro Le Breton lhe confiara a direção.
Diderot escreve, entretanto, numerosas obras, como o romance licencioso Les Bijoux Indiscrets (1747), alguns dramas e ensaios filosóficos, como Lettres aux Aveugles (1749), que o levou à prisão, e Pensées sur l’Interprétation de la Nature (1754).
Concluída a Encyclopédie, passa sete meses na Rússia, a convite de Catarina II. No regresso, publica a Religieuse (1772).
Se, para os seus contemporâneos, Diderot, a quem Voltaire chamava o “Pantófilo” (amigo de todas as coisas), é como que o símbolo da Encyclopédie e um apóstolo ardente, tumultuoso e inspirado, a crítica atual considera-o o representante mais completo do século XVIII, com as suas curiosidades científicas, as suas utopias e as suas contradições.
No romance A Religiosa, já transposto para o cinema, Diderot denuncia os abusos que caracterizavam os conventos depois da perda das vocações impostas.
Filha adúltera, detestada pelos pais, a Irmã Santa Susana foi forçada a professar votos. Dolorosamente perseguida por tentar a anulação dos mesmos, é transferida para outro convento, onde se torna uma mulher histérica e libertina, faz renascer as suas desventuras.
Ajudada pelo compreensivo Dom Morel, a Irmã Santa Susana consegue evadir-se no momento em que as perseguições iam recomeçar. Refugiada na hospedaria de uma lavadeira de serva, que por ela se interessa, a sua liberdade escreve um impressionante documento humano que ficou justamente célebre na história da literatura universal.