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Edição João Azevedo de 1988
Tradução de Cristina Dabraio
Este livro, tereis já reparado, tem um título; Não é uma ideia bizarra, concordo; mas isto é muito importante para mim: sinceramente, não sei o que será.
Ou será que esta palavra inumerável não será outra coisa senão o nome autêntico e pronunciável do nada, do abismo que envolve amorosamente aquilo a que chamamos “coisas”, um manto nocturno que invade suavemente todas as qualidades do dia?
Menos ainda: um estalar de dedos, um bater de asas, um zumbido, um gemido, um soluço, ou a violência irreparável de um silêncio, numa sala, num espaço, no qual – sabêmo-lo imediatamente e por completo – não está ninguém.
Giorgio Manganelli