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Edição Teorema de 1997
Contracapa com ligeiro dano
As pessoas que viviam há oito ou dez séculos eram tão inquietas como nós. Angustiados pelo dia-a-dia mas fascinados pelo estrangeiro, violentos mas solidários, ameaçados pelas epidemias e familiarizados com a morte, os homens da Idade Média vivem as mais trágicas crises. Medo da miséria, do outro, das epidemias, da violência e medo do além.
É a partir dos nossos medos contemporâneos que Georges Duby se debruça sobre os da Idade Média que, singularmente, surgem como sintomas de um mundo em progresso. E são as diferenças, mais do que as semelhanças, que são ricas de ensinamentos. A solidão que acompanha a miséria actual, por exemplo, era desconhecida dos nossos antepassados do ano mil.
Para que serve escrever a História se não para ajudar os contemporâneos a manter a confiança no futuro e a armar-se melhor para enfrentar as dificuldades que quotidianamente se deparam? Explorar as mentalidades de ontem permite enfrentar com mais lucidez os perigos de hoje.
O historiador Georges Duby exprime-se aqui sob a forma de entrevista numa obra em que as ilustrações tornam ainda mais concretos os temores e o imaginário do homem medieval.