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Edição Fenda de 1988
Tradução de Pedro Tamen, prefácio de Le Clézio
Terminados em 1869, Os Cantos de Maldoror, do Conde de Lautréamont, pseudónimo de Isidore Ducasse, não seriam colocados à disposição do público tão cedo, por receio do editor. Foram mais tarde recuperados do esquecimento pelos surrealistas; estes proporcionaram ao autor a celebridade de que hoje goza como clássico absoluto, tendo influenciado muitos dos grandes escritores da actualidade. São páginas de horror corrosivo, que agarram o leitor, não o largam até à última página, e depois perduram na memória para sempre.
Esta obra primitiva é única. Não há nada de comparável na literatura. As semelhanças, seria necessário descobri-las muito longe, e noutro lado, no caos da literatura oral, por exemplo, na vaga bestial dos cantos em que as imagens ainda não foram fixadas pela linguagem escrita. Na declamação, no insulto. ou na prece. (J. M. G. Le Clézio).