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Edição Assírio & Alvim de 1983
Tradução de Aníbal Fernandes
Ao longo da sua vida, Segalen brincou dolorosamente a inventar um segredo para si próprio. René Leys, é o caminho desta descoberta. Num espaço fechado, Pequim, dois seres confrontam-se, desafiam-se e, finalmente, destroem-se com imagens que são tantas mentiras.
Mas a China que está no final desta luta é mais real do que a China real, aquela que é feita apenas de tijolos, telhas e pó: é a imagem que dela transportamos e que, passada pelo crivo implacável da realidade, é a única que resta. Ainda que, firmemente ancorada na terra e nos cheiros, esta China seja antes de mais uma metáfora.
Um romance policial, um romance exótico, um romance de amadurecimento, A Cidade Proibida é antes de mais um romance iniciático: são as palavras e os signos que criam os nossos reinos. E quanto mais vertiginosas são as mentiras, mais sumptuosos são os palácios que construíram.
René Leys, o herói de Segalen, ousou atravessar o seu fosso; a sua vida, a sua morte já não contam, pois as palavras e os sinais permaneceram.