Sê o primeiro a adicionar este livro aos favoritos!
Edição Relógio d’Água de 1988
Tradução de Miguel Serras Pereira e Ana Luisa Faria
Contém assinatura de posse e uns poucos sublinhados a caneta nas primeiras 12 páginas
Philippe Ariès, historiador pioneiro na exploração da história das mentalidades, desenvolve aqui a ideia original de que a infância, considerada uma idade específica distinta da idade adulta, é um conceito recente no Ocidente. O sentimento de infância só se desenvolveu a partir do século XVI, e de forma muito gradual, do topo para a base da escala social. A elevadíssima taxa de mortalidade infantil teria impedido a ternura parental até então.
Mas a autonomização da família em relação à parentela e à aldeia, bem como um recuo para a esfera privada, tornaram possível o seu surgimento na era moderna. De seguida, a vigilância das crianças aumentou e a escolarização, a preocupação educativa e a atenção familiar generalizaram-se.
Ao centrar a sua atenção no jogo e no vestuário infantil, esta obra pioneira abriu um importante campo de reflexão sobre a infância e, se as suas teses são hoje questionadas pelos historiadores medievais, continua a ser, no entanto, uma obra de referência.