Este livro está na lista de favoritos de 1 utilizadores.
Edição Livraria Paisagem de 1974
A cultura dominante impôs mundos separados, levou as artes à exaustão e continua explorando esse limite. O jazz pode garantir na sua semiosis (processo de criação) uma rotura com este estado de coisas porque é proveniente duma cultura diferente e dominada. Conjunto de signos estético-culturais (uma arte) o jazz é síntese de várias semânticas musicais, é um folclore planetário.
À crítica cabe fazer emergir esses aspectos transformadores, liberta então da ideologia capitalista. Esta crítica de jazz não é apenas uma crítica ao jazz é também uma crítica à crítica do jazz (entendida esta como divulgação paranóica de mercadoria e espectáculo). A verdadeira crítica de jazz começa numa permanente auto-crítica e culmina na revolução da qual o jazz é uma realidade implícita.