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Edição Estampa de 1990, nº 61 da colecção Clássicos de Bolso
Tradução de Cristina Proença
François VI, príncipe de Marcillac, depois duque de La Rochefoucauld (Paris 1613 - Paris 1680) levará a sua vida aventureira de um grand seigneur na época de Richelieu e Mazarino. Amores romanescos, combates nos exércitos dos príncipes levantados contra o Rei, prisões, ferimentos, desgraça, de que não recolherá mais que amargura e decepção. Autorizado a voltar a Paris (1656) mas excluído da vida activa, consagra-se à reflexão. É então que elabora, em concertação com os seus amigos (Madame de Sablé, o jansenista Jacques Esprit) a obra literária que ilustrará o seu nome: as “Máximas”
Longe de serem uma compilação de preceitos morais, as “Máximas” surgem como um conjunto de proposições sobre a natureza do “coração do homem”. E se nesta ciência dos costumes abunda a crueldade, habita também a lucidez e a presença de uma grande alma, de um magnânimo, de um espírito inquieto que se quer sublime, de um desenganado que aspira, enfim, à santidade.