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Edição Hugin Editores de 1995
Este livro é uma tese polifónica dos diversos fenómenos interactivos da música e dos meios de comunicação de massa (mass media). É assim uma abordagem interdisciplinar, irradiante da Muicologia e da Estética da Comunicação.
Walter Benjamin estudou a obra musical na época da sua reproductibilidade técnica, e observou a mutação sofrida dentro da própria estética musical na sociedade industrial.
Mas o objectivo central desta obra é mostrar como os meios de reprodução, apresentação e difusão da música (os mass media) adquiriram tal importância estética, que esses mesmos meios podem ser considerados hoje instrumentos musicais, como parte da organologia, e não apenas extensões mediáticas da Música, já que surgem inseridos no enunciado da composição ou estão presentes em execuções musicais.
Assim, estudam-se os problemas da mutação dos meios de apresentação, reprodução e difusão da música, e faz-se um esboço eco-praxiológico, apontando os media onde a música ganhou a sua historicidade. Conotam-se as suas redes e transacções processos de fragmentação tipológica dependentes das novas tecnologias.
Muito sucintamente, situa-se a música nas novas esferas da comunicação social e procura- se, neste âmbito, estabelecer uma multiplicidade de pontos de vista estético-musicais como enunciados específicos do discurso socio-musical dos media e a sua projecção inter-artística.
Referimos a tecnologia eléctrica dos media e da música, as suas massificação e heterogeneidade, bem como o seu pululamento produtivo.
Neste estudo do mosaico da composição e da execução musicais na pós-modernidade, com as suas redundância e inflação de valores operadas pelos media, conciliamos a coexistência das tecnologias de ponta e das primitivas, nos seus valores estruturais, conceptuais e espectaculares.