O Declínio na História

Edição Teorema de 2001
Tradução de Telma Costa

O estudo do declínio na história merece tanta atenção como o do progresso e, no entanto, há muito poucos estudos comparativos disponíveis. Esta obra vem precisamente preencher essa lacuna. Recorrendo aos trabalhos de Immanuel Wallerstein, Fernand Braudel, Michael Mann e Jonathan Israel como base para a sua abordagem de tema tão complexo, J. K. J. Thomson analisa a experiência do declínio na história, com particular incidência no caso da Europa.

Thomson afirma que a história das civilizações Afro-Asiática e Europeia se caracterizou por uma lenta difusão de aptidões culturais e técnicas que deu origem a ciclos repetidos de progresso e declínio. A variante europeia dessa dinâmica foi condicionada pelas suas qualidades únicas de pluralismo político e de dinamismo económico, resultando em declínios de carácter mais micro do que macro.

Thomson desenvolve a sua argumentação através de uma descrição estruturada das transformações económicas e técnicas ao longo da história da Europa, desde a queda de Roma e o declínio de Bizâncio até aos declínios de Itália, da Espanha e de Portugal. No caso da Espanha, o autor distingue o declínio de Castela dos da Andaluzia e de Aragão: Thomson demonstra que o declínio final da Andaluzia e de Aragão no Séc. XVII, mais do que constituir uma crise especificamente espanhola, foi parte de um fenómeno geral que afectou o conjunto do Mediterrâneo Ocidental e grande parte da Europa Central.

O Declínio da História é uma obra de indiscutível interesse, absolutamente indispensável, para todos os que se interessam pela história da Europa e pelos estudos comparativos.