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Edição Arcádia de 1977
Tradução de Luiza Neto Jorge
Contém assinatura de posse
É frequente a etnologia identificar poder e autoridade, autoridade e política, política e luta pelo monopólio da violência.
Daí a tendência em concluir que, nas sociedades índias, não havendo poder, não há política. Logo, em termos de lógica linear, que as sociedades primitivas não são sociedades!
Pierre Clastres denuncia o absurdo desta conclusão, produto da nossa enorme dificuldade em admitirmos uma forma de poder político que não o imposto pela política estatizada.
Conhecem-se sociedades sem Estado que têm uma política e um poder: o poder dos profetas e dos homens religiosos. E onde a inexistência de Estado não representa uma privação mas uma recusa. Este livro revela-nos uma dessas sociedades, a dos índios Guarani da América do Sul.