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Edição Angelus Novus de 2003
Os anos 60 foram um tempo decisivo para a definição identitária da juventude. Época da afirmação vitoriosa de uma fase da vida à qual correspondeu um conjunto de atitudes e de comportamentos que nos últimos cinquenta anos têm vindo a ser continuadamente ampliados: o gosto da exuberância, a aceitação do direito à diferença, a volúpia da aventura e do risco, a vivência de um quotidiano no qual o espaço para a fruição e o divertimento tende para a desmesura.
Momento de valorização extremada da rebelião e da ruptura enquanto instantes criadores, denegando sem grandes contemplações uma sociedade herdada, concebida como um todo insuportavelmente harmónico, demasiado previsível e acima de tudo enfadonho.
Excluindo a habitual leitura nostálgica, desenvolve-se neste livro uma abordagem panorâmica deste fenómeno, articulando a dimensão internacional da nova cultura juvenil com um processo interno de distanciamento em relação ao regime salazar-marcelista que apressará a sua derrocada.