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Edição Estampa de 1996
Tradução de Isabel Teresa Santos
Que terão em comum S. José e Obélix, a prostituta medieval e o árbitro de futebol, os carmelitas e os banhistas dos anos loucos? Todos usam vestuário listrado, característica que, desde a Idade Média, e durante muito tempo, foi sinónimo de transgressão ou de exclusão da ordem social por parte de quem assim trajava.
Todavia, esta visão diabólica e degradante da risca alterou-se consideravelmente com o romantismo e, actualmente, vestir-se com riscas é sinal de liberdade, juventude, prazer, humor. Usá-las significa ter acesso ao “chique”.
A mudança na interpretação da risca deu origem a esta história da risca ocidental, na qual Michel Pastoureau se interroga sobre o funcionamento dos códigos visuais, sobre o que é uma marca infamante, por que motivo as superfícies listradas se vêem melhor que as lisas. Será isto verdade para todas as civilizações? Trata-se de um problema biológico ou cultural? O Tecido do Diabo tenta responder a estas e outras questões.