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A obra de Arguedas reflecte as experiências da sua vida vincada pelo contacto, durante a infância, com os índios quíchuas. O estilo é vigoroso, mantendo sempre uma grande tensão lírica e recorrendo a inúmeros termos ameríndios, assimilando-se assim a cadência e o encantamento da oralidade. Como escreveu Joaquim Montezuma de Carvalho, “O Peru teve a sorte de ter um escritor com língua própria, José María Arguedas. Um escritor muito especial e que só as circunstâncias do seu passado e do seu temperamento nos iluminam e esclarecem”.
Os Rios Profundos juntamente com Todos os Sangues são as suas obras principais. Segundo Saúl Yurkievich, “Arguedas demorou mais de dez anos para terminar Os Rios Profundos.
A sua obra completa não é abundante mas toda ela se integra numa só órbita e constitui um avanço contínuo para a expressão cada vez mais essencial e mais artística da sua própria infância como acesso à alma do seu povo”.