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Edição de 2008 da Biblioteca de Editores Independentes
Tradução de Pedro Tamen
«Em Sarrasine, obra-chave da transição entre o Alto Romantismo e o Romantismo tardio, Balzac reformula as aventuras italianas do herói travestido de Latouche em termos decadentistas.
Ao visitar Roma em 1758, Sarrasine, um escultor francês, apaixona-se loucamente por uma prima-dona, La Zambinella.
A cantora corporiza a "beleza ideal" que o celibatário Sarrasine procurara em vão na vida real - o modelo em que se haviam baseado "as doces, preciosas criações da antiga Grécia".
Só depois de um encontro com Zambinella é que Sarrasine descobre, para sua humilhação pública, que ela é um homem, um castrato.
Também aqui, uma revelação sexual obriga-nos a reler o texto. E a primeira aparição em palco de Zambinella torna-se uma epifania sagrada, que arrebata Sarrasine com a visão de uma perfeição hermafrodita.