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Excluindo breves e deliciosos episódios, a autobiografia é o domínio do ódio e da infelicidade: descrevendo-se, Stendhal revive um ressentimento ardente, e liberta-se dele. Brulard não entra na terra prometida: mas graças a ele acalmam-se os antigos rancores. Primeiro em relação ao Pai: «Nunca uma autobiografia revelou um ‘Édipo’ tão claro como a Vida de Henri Brulard. E sobretudo nunca um autor teve uma consciência tão lúcida como Stendhal da influência decisiva dos primeiros anos da sua infância sobre o seu carácter. Toda a Vida de Henri Brulard está centrada no ódio ao verdadeiro pai e a procura de um substituto paterno…».