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A sinistralidade rodoviária em Portugal deve ser considerada como uma das principais preocupações dos Portugueses. O número de vítimas que anualmente ocorre nas nossas estradas coloca-nos no grupo dos piores países da União Europeia. Ao longo dos anos, muitos diagnósticos foram feitos. Porém, apesar de haver uma descida consistente no número de mortos e feridos, Portugal continua sem conseguir ultrapassar a barreira da sinistralidade média europeia. O comportamento dos condutores e peões, o ambiente rodoviário e a tipologia dos veículos contribuem negativamente para os valores estatísticos apurados em cada ano.
O contributo da comunidade científica para a compreensão do problema é imprescindível. O aprofundamento do estudo das causas e dos comportamentos é um componente indispensável, para a tomada de medidas concretas, com vista a alcançar os objectivos inscritos no Plano Nacional de Prevenção Rodoviária, recentemente apresentando pelo Governo. O PNPR veio trazer uma nova esperança aos Portugueses. Temos de acreditar que será, talvez, a derradeira oportunidade. Se falhar, só uma fortíssima atitude repressiva poderá acabar com a situação actual. Os estudos técnicos apresentados na presente publicação são um forte contributo para um novo tipo de abordagem no âmbito técnico-científico.
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