Abade José Correia da Serra: documentos do seu arquivo

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Abade José Correia da Serra: documentos do seu arquivo
Autor(a)
Teague, Michael
Editora
Fundação Calouste Gulbenkian
Género Literário
Biografia
Sinopse

José Francisco Correia da Serra nasceu em Serpa, em 1751, embora seja comummente indicada como data de nascimento ao dia 5 de Junho de 1750, e faleceu a 11 de Setembro de 1823, nas Caldas da Rainha.

Era filho do Dr. Luís Dias Correia, médico, e de D. Francisca Paula Luísa de Leon. Neto materno de Manuel Rodrigues Serra Porto, sobrinho do padre Jerónimo Madeira de Léon, jesuíta, e irmão de Manuel José Correia da Serra, nascido em Serpa em 1755, graduado em Direito Canónico pela Universidade de Coimbra; de Joaquim Correia da Serra, nascido em Serpa, em 1753, arquitecto e engenheiro militar; de Ana José e de Maria, nascidas em Itália, em 1764 e 1765, respectivamente.

Foi pai de Eduardo José, nascido em 1803, em Paris, de mãe francesa - Esther Delavigne. Viveu com o pai durante vários anos, nos Estados Unidos, no período da adolescência, sendo legitimado em 1823, em Portugal. Foi, posteriormente, médico, em Paris.

A família de Correia da Serra fixou-se em Roma e Nápoles, entre 1757 e 1771, data em que Luís Dias Correia regressou a Portugal, deixando a família e Roma. Assim, Correia da Serra estudou na Itália, interessando-se pela história natural, em especial botânica (correspondeu-se com Lineu e com outros especialistas neste domínio, como António Turra), bem como pelo estudo de línguas como o francês, o inglês, o alemão, o italiano, o latim, o grego, o árabe. É possível que tenha, durante algum tempo, estudado medicina. Foi confirmada a sua ordenação em 1776 e graduou-se em direito canónico.

Viajou pela Itália na companhia do duque de Lafões, D. João de Bragança, que estudara em Coimbra e fora colega e amigo de Luís Dias Correia.

Regressou com a família a Portugal em 1777, acabando por fixar residência no Palácio do Grilo, palácio do duque de Lafões, na altura em que este regressou a Portugal, em 1779.

Deixou memória escrita de muitas das suas viagens, como as que realizou à costa da Ligúria (1774), Itália (1776), e das de estudo ao sul do Tejo (1780), às Berlengas (1781), à Estremadura, Alentejo e Algarve (1785).

Projectou, em conjunto com o duque de Lafões, e o apoio de Domenico Vandelli e do conde de Barbacena, a Academia Real das Ciências de Lisboa, criada por Aviso régio de 24 de Dezembro de 1779, tornando-se seu secretário perpétuo em 1788 e tendo escrito a História da Academia desde a sua fundação até 1788. Preparou ainda a publicação dos primeiros três volumes da Colecção de Livros Inéditos da História Portuguesa, bem como o ensaio que precede o primeiro volume das Memórias Económicas.

Os acontecimentos políticos internacionais, nomeadamente a Revolução Francesa, fizeram centrar a atenção do Intendente-geral da Polícia, Pina Manique, bem como a da Inquisição, nas actividades da Academia Real das Ciências. Há ainda referências à fundação de uma loja maçónica em Portugal em 1794, da qual Correia da Serra e o duque de Lafões terão, eventualmente, feito parte. A presença do naturalista francês Broussonet em Portugal, instalado em aposentos da Academia das Ciências, após a sua saída de França, terá estado na origem da fuga do naturalista francês mas também da de Correia da Serra, em Março de 1795, com destino a Inglaterra, tendo deixado bens e documentação no palácio do Grilo.

Foi então eleito para a Royal Society e para a Sociedade Linneana. Continuou as suas investigações botânicas, privando com pessoas como Joseph Banks, James Smith. Produziu, durante esse período, várias comunicações científicas.

Tornou-se conselheiro e agente de compras da delegação portuguesa em Londres, acabando, no entanto, por se demitir em 1802. Foi então para Paris, onde permaneceu dez anos, publicando vários trabalhos científicos em jornais e revistas e alargando o seu círculo de amigos a personalidades como Lafayette, von Humbold e Samuel du Pont de Nemours

Em 1812 partiu com destino aos Estados Unidos, onde continuou a desenvolver a sua actividade científica, a dar conferências públicas sobre botânica, a escrever e a viajar. A partir de 1813 começou a dar-se com Thomas Jefferson, de quem se tornou visita habitual.

Em 1816 foi nomeado primeiro ministro plenipotenciário do Reino Unido de Portugal e do Brasil nos Estados Unidos. Em 1819 foi nomeado conselheiro da Fazenda. Deixou a América, com destino a Londres, no final do ano de 1820 e, posteriormente, em 1821, voltou a Lisboa, e ao cargo de secretário da Academia. Em 1822 a cidade de Beja elegeu-o deputado às Cortes.

Idioma
Português
Preço
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jredinha86

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