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O Boletim da Casa de Camilo – S. Miguel de Seide foi, desde 1964, uma das principais publicações dedicadas à vida e à obra de Camilo Castelo Branco, editada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e dirigida pelo grande camilianista António Maria Pinheiro Torres, responsável pela reconstrução e musealização da casa de São Miguel de Seide.
Este volume reúne os números 5 (janeiro-março de 1965) e 6 (abril-junho de 1965), num único fascículo trimestral ricamente ilustrado. Ao longo das suas páginas, o leitor encontra estudos de referência sobre Camilo e o seu círculo: um ensaio sobre a relação entre Camilo e o poeta Mário Beirão, o texto “Tomaz Filho, vítima do Cancioneiro Alegre”, assinado por Mário Areias – crítico ligado ao Círculo Camiliano – e a revelação de um acidente ferroviário sofrido por Camilo, analisado por Pinheiro Torres a partir de uma carta inédita do escritor.
O boletim inclui ainda um texto de Camilo sobre Gil Vicente, uma “nota médica” em francês de Robert Ricard, reputado historiador da cultura religiosa portuguesa, e um estudo sobre a figura do “brasileiro” na ficção camiliana, por António de Oliveira. Padre Luiz Castello Branco, sobrinho-neto e fervoroso defensor da memória de Camilo, assina um artigo sobre a intervenção do romancista num conflito político-religioso. Secções como “Camiliana”, com excertos e notas de Gustavo d’Ávila Perez – um dos maiores colecionadores de obras camilianas –, o noticiário, o registo bibliográfico e iconográfico e a reprodução de trabalhos de Irene Vilar, Amândio Silva, António Lino, Raul Xavier, Cristiano de Carvalho, Rafael Bordalo Pinheiro, Francisco Valença e João António Corrêa fazem deste número duplo uma pequena monografia camiliana.
Para investigadores, bibliófilos e colecionadores de Camilo Castelo Branco, este Boletim da Casa de Camilo – S. Miguel de Seide, 1.ª série, n.os 5-6 (1965), é uma peça essencial de camiliana, difícil de encontrar no mercado e indispensável para compreender a receção crítica e iconográfica de Camilo no século XX. Um exemplar em muito bom estado, como este, é uma excelente oportunidade para enriquecer qualquer biblioteca dedicada à literatura portuguesa e à história editorial de Camilo Castelo Branco.
- Encadernação: capa mole
- Ano: 1965
- Páginas: 56
- Dimensões: 21,6 x 16,2 cm