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Manual de Investigação em Ciências Sociais, de Raymond Quivy e Luc Van Campenhoudt, é um dos livros de referência incontornáveis da metodologia de investigação em ciências sociais. Publicado originalmente em França em 1995 e traduzido em múltiplos países, continua a ser, décadas depois, uma ferramenta de trabalho central para estudantes, investigadores e professores de sociologia, ciência política, serviço social, comunicação, turismo, educação e áreas afins. Esta 6.ª edição em português, editada pela Gradiva em 2013, e integrada na coleção "Trajectos" (n.º 17), mantém intacta a clareza e o rigor que tornaram a obra num clássico internacional.
Os autores partem da ideia de que fazer ciência social implica três atos inseparáveis – rutura, construção e verificação – e que o investigador deve evitar tanto as “verdades absolutas” como o ceticismo paralisante. Em vez de uma receita rígida, o livro apresenta um percurso estruturado em sete etapas, que funciona como fio condutor para qualquer projeto de investigação, desde pequenos trabalhos académicos até teses de mestrado ou doutoramento.
A sequência começa na pergunta de partida, momento em que um interesse vago é transformado num problema de investigação claro, exequível e não normativo. Segue-se a exploração, fase de leituras, recolha de documentos e entrevistas abertas, que permite “arejar” a pergunta, clarificar conceitos e desmontar evidências do senso comum. A partir daqui constrói-se a problemática, isto é, a perspetiva teórica que enquadra o fenómeno e define o quadro conceptual da investigação.
O modelo de análise traduz essa problemática em instrumentos operacionais: hipóteses, variáveis, dimensões e indicadores que orientam a observação. Depois, na fase de observação, o investigador escolhe o que observar, em quem e com que métodos – questionários, entrevistas semidiretivas, observação, análise documental – discutindo sempre vantagens, limites e o papel ativo de quem investiga.
A etapa seguinte é a análise das informações, onde se combinam tratamento estatístico, codificação qualitativa, tabelas e gráficos, não apenas para apresentar resultados, mas para pensar os dados em coerência com a problemática inicial. Por fim, nas conclusões, o percurso é revisto criticamente, explicitando contributos, limites e novas pistas de investigação, numa conceção de conhecimento sempre provisório e cumulativo.
Rigoroso, didático e amplamente testado em sala de aula, o “Manual de Investigação em Ciências Sociais” é um guia essencial para quem procura aprender, ensinar ou aplicar técnicas de investigação em ciências sociais com segurança, profundidade e espírito crítico. Ideal para reforçar qualquer biblioteca académica.
- Encadernação: capa mole
- Ano: 2013 (6.ª ed.)
- Páginas: 282
- Dimensões: 20 x 13 cm