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A muralha augustana de Conímbriga, Condeixa-a-Velha: elementos de estudo, tem como autores Miguel Pessoa (arqueologia), José Luís Madeira (desenho) e Delfim Ferreira (fotografia). Trata-se da publicação de um trabalho apresentado no I Congresso Mediterrâneo de Etnologia Histórica, ocorrido em Lisboa, entre 4 e 8 de novembro de 1991, tendo como tema A Identidade Mediterrânica.
Após mais de 150 anos de luta contra as comunidades desta vasta região ocidental da Península, os romanos apoderaram-se do oppidum de Conímbriga nos últimos anos antes de Cristo.
Nada se conhece da muralha do castro que se cingia aos limites do esporão planáltico, embora os vestígios de ocupação pré-romana remontem ao séc. VIII a.C. Os eixos viários pré-romanos com orientação noroeste/sudeste nordeste/sudoeste, de influência mediterrânica, bem adaptados às condições do terreno, marcarão para sempre o «geometrismo» da cidade. Os edifícios públicos monumentais são directamente integrados na estrutura urbana mais antiga.
As muralhas da cidade romana, a primeira do tempo de Augusto (sec. I a.C. -- I d.C.) e a segunda, construída nos finais do séc. III ou inícios do IV d.C., são fundamentais para a compreensão do urbanismo da cidade, seus antecedentes e declínio em época visigótica (séc. VI d.C.)
As portas da muralha augustana situavam-se na cortina que liga, na actualidade, o Museu à aldeia de Condeixa-a-Velha, onde outrora se erguia o anfiteatro. De elegante cintura arquitectural, a capital de civitas, criada para fornecer ao território um pólo de organização administrativa, atingiu assim uma verdadeira dignidade urbana.
As portas e a muralha são ao mesmo tempo ligação e separação, instrumento e símbolo, marcando a grandeza e o sintoma de temor, sinal de autonomia e estigma de servidão, por definição lugar de todas as ambiguidades da presença romana.
Índice:
- Os vestígios
- Porta de Sellium
- Torre de Vigia
- Porta de Aeminium
- Troço a Norte
- Porta de Collipo
- Ponte do Rio dos Mouros
- Considerações finais
- Notas
Inclui uma profusão de desenhos de reconstituições históricas, mapas e fotografias.
- Encadernação: capa molde c/ badanas
- Ano: 1991
- Páginas: 43
- Dimensões: 20,6 x 20,6 cm