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«Recordações da Casa dos Mortos» foi inicialmente publicado entre 1860 e 1862 e reflete uma realidade quase dantesca, onde presos políticos, prisioneiros de guerra e presos de delito comum vivem lado a lado com homens que perpetraram crimes hediondos. É um mundo à parte, uma micro-sociedade com regras próprias onde o dia a dia se reparte entre trabalhos forçados, castigos sádicos, miséria, mercado negro, álcool e pequenos expedientes de que os prisioneiros se servem não só para sobreviverem, mas também para usufruírem de fugazes ilusões de liberdade. Escrito em tom confessional, sóbrio e direto, este relato fica, para quem o lê, como um grandioso hino à vida.
Bom estado com pequenas marcas de envelhecimento e humidade.