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"Este livro, alegoria inquietante povoada por gente envelhecida e alguns traumatizados de guerra, começa por nos sugerir um espaço invulgar, entre próteses arquitetónicas improváveis e a quase prosaica imagem de um centro de acolhimento votado sobretudo à terceira idade. Como que saída de um passado indeterminado, não propriamente longínquo, a Casa mergulha numa paisagem exterior sem limite, após jardins mal-tratados e vedações atrás de vedações, acrescentada, através dos tempos, de novos pavilhões geminados ao estilo inicial, na urgência de uma demografia trabalhosa, gente meio perdida, pessoas solitárias e sem memória, ali procurando conferir ao resto das suas vidas um resto de dignidade ou de conforto. (...)
Narrativa visualmente apelativa, antropológica, marcada por uma sociologia do sofrimento, este romance faz-nos reconhecer ideias e perdas contemporâneas, aproximando-nos da condição humana no quadro de uma espécie de desertificação anunciada."
1.ª ed., 2008