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Manuel Alegre (Prémio Pessoa 99) surge com um novo livro de poemas, "Livro do Português Errante", um livro feito de errâncias e evocações, interiores e exteriores, pela vida ("Querida Sophia: como os índios do seu poema / também eu procurei o país sem mal. / Em dez anos de exílio o imaginei"), pela poesia ("Por um caminho à noite caminhava / caminhava de noite sem sentido / pela própria cadência era levado / caminhava movido por um ritmo/ a música interior que mais ninguém/ ouvia."), um livro de interrogações ("Não sei como se ressuscita / no terceiro dia/de cada sílaba/ nem se há palavra para voltar/ do grande rio do / esquecimento./ Não se no terceiro dia/ alguém me espera. Ou se/ ninguém."), de inconformismo.