Nó Cego, 1950 1ª edição

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Nó Cego, 1950 1ª edição
Autor(a)
Tomás de Figueiredo
Género Literário
Autores Portugueses
Sinopse

FIGUEIREDO (Tomás de).— NÓ CEGO 

Editorial Verbo. 1ª edição, 1950

392 págs.

16x21 cm.

«Neste romance conhecemos por dentro uma típica família burguesa, respeitável a olhos estranhos, mas que asfixia alguns dos seus membros, os menos astutos ou mais idealistas, como o pai e o filho, João Bravo, o protagonista. O qual, inadaptado à vida, a atravessa como um deserto. O pai, Adriano, é um ser amarfanhado, debatendo-se entre as aflições de dinheiro e a humilhação de depender de um cunhado de posses, Beto, que por isso, de tudo põe e dispõe. Não é ele que financia os estudos do sobrinho, primeiro no colégio e depois na universidade? A irmã, mulher de Adriano e mãe de João Bravo, é a quinta-essência da burguesa, muito ritualmente devota, mais atenta à palavra que ao espírito, toda puritana e com preconceitos de casta, e dogmática e sentenciosa com o mano Bento. Domina o marido, que não é ouvido e achado em nada, e de tanto querer proteger o filho, sempre debaixo da sua asa, o não deixa respirar nem ser ele mesmo. Assim, entre mãe e filho não se estabelece uma saudável relação afectiva, e é com o pai que ele se entende, numa cumplicidade sem palavras.

Eis as personagens, eis o quadro de uma família radiografada na sua intimidade. Sem irmãos, João não pode brincar com outros meninos, porque isso lhe é defeso pela mãe, por não serem da sua condição. Não lhe é permitido conviver na cozinha com as criadas, que acarinham o seu menino, porque de lá o expulsa a sua mãe, zelosa em preservar o estatuto do filho: cada qual no lugar que lhe compete. Refugia-se o menino no seu mundo, o sótão e o quintal, entregue ao seu sonho e à sua solidão. (…)

Contrariando essa tradição de toda uma literatura coimbrã que, mesmo que não se esgote na pitoresca evocação da boémia estudantil, e vá mais longe e mais fundo ao retratar uma juventude que procura e se procura, nas encruzilhadas da cultura da arte e do amor, Nó cego desce a um poço de agonias, poço tão cavado que sufoca qualquer grito. O drama de João Bravo é o de, no seu autismo, não soltar sequer um grito e recusar mãos que talvez se estendessem para o ajudar.»
Excerto da Introdução de João Bigotte Chorão

Idioma
Português
Preço
7.50€
Estado do livro
Muito Bom
Portes Incluídos
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Livraria Santo Graal

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