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Os espíritos mais simples dirão que é um livro “ligeiro”, mas “pesadas” são a artilharia e a prosa dos sargentos das letras. Rui Zink, que se estreia na novela com este Hotel Lusitano, não parece vocacionado para tal posto. Assenta-lhe melhor, talvez, um qualquer título de miliciano, mesmo de refractário ou desertor. Hotel Lusitano, aliás, é uma espécie de deserção do realismo, a ele recorrendo, apenas, por pura ironia. […] É sobre isto – o que é, enfim, o realismo, o que é uma novela? – que Rui Zink escreve, aproveitando para evocar, ironicamente, alguns tiques e santuários de toda uma geração de intelectuais de esquerda.»
Júlio Pinto, Diário Popular, 1987